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SE ARREPENDIMENTO MATASSE, COTEMINAS JÁ ESTARIA NA MISSA DE DOIS ANOS.


Uma parceria que não está funcionando desde o inicio. A prática chinesa de ingresso em mercados com regras protetivas ou regulatórias, mas que eles possuem interesse de atuar. Logo que chegam, fazem parcerias com empresas locais, prometem investimentos vultuosos de forma escalonada e, ao perceberem os regramentos fortes do MTB, que são impostas as empresas brasileiras, as coisas mudam de figura e grupos técnicos passam a trabalhar com outras frentes, os investimentos chegam a conta gotas e o parceiro perde terreno e participação no mercado, cedendo sua rede ao consorciado.


A situação atual da Coteminas (grupo Spring Global), é periclitante. Nesta fase, a parceria está em suspensão até que se desenrole a recuperação judicial que a Coteminas precisou solicitar para se manter, pois a empresa possui várias subsidiárias e fabricas por todo o país além de uma rede de produção bastante capilarizada.


Com um potencial de expansão das vendas no país, a SHEIN firmou um memorando com a Coteminas para atuar de forma indireta no Brasil, importando mas também produzindo uma parte nacionalmente com a rede da Coteminas. Com as dificuldades encontradas pelas regras trabalhistas brasileiras e altas cargas em impostos internos, a SHEIN entendeu que investir R$ 750 milhões não era bom negócio e iniciou a suspensão do tal "memorando de intenções", documento que permitiu o ingresso total da SHEIN no país. A parte "exportação de produtos do lar", proposto no tal memorando, também não avançou como o esperado pela Coteminas, resultando empréstimos junto a SHEIN e demonstrações financeiras pífias em 2023. Em maio de 2024 veio o pedido de recuperação judicial da Coteminas para renegociar R$ 2 bilhões.


Agora em 2025 a SHEIN já está consolidada no Brasil, e avança com força em seu Marketplace sobre os concorrentes nacionais como Renner, Riachuelo, C&A e outras menores. A empresa anunciou que pretende chegar, à 2026, com 30 mil fornecedores nacionais em sua plataforma.


Enquanto isso a CVM deu início, em jan./2025, a uma investigação de Josué Gomes da Silva, presidente da FIESP, proprietário da Coteminas, filho do ex-vice-presidente José de Alencar, sobre quais suas responsabilidades na suspensão de registro da Springs Global junto a CVM, controladora da Coteminas, a CVM disse o seguinte:


“A área técnica alerta que, enquanto os registros estiverem suspensos, as companhias não podem ter os valores mobiliários, por elas emitidos, admitidos à negociação em mercados regulamentados, quais sejam: balcão organizado, bolsa ou balcão não organizado”, declara a CVM....


Isso tudo trouxe uma dificuldade a mais para os varejistas brasileiros, principalmente aqueles de médio e pequeno porte, a volatilidade cambial, os impostos de um sistema tributário de hospício, a logística complicada além do desarranjo produtivo gerado pelo projeto SHEIN, culminou com uma forte redução nos preços dos produtos em 2025. Essa redução vem prejudicando fortemente o mercado varejista médio e pequeno porte do vestuário, são vários custos que permaneceram mas que não podem ser repassados aos preços finais para não perderem seu espaço, o que nos traz para dois caminhos: ou os varejistas cobrem esse custo com suas margens ou iniciam o processo de compra de importadores de produtos acabados, gerando uma perda industrial ao país, novamente.


Essas ondas de perda industrial, tem levado importante parcela de recursos e postos de trabalho para o exterior, e esses processos de taxações entre os mercados, não tem ajudado muito aos setores, pois com uma politica de assistencialismo da população, encontrar mão de obra capacitada para as indústrias, ou mesmo capacitar, tem se tornado um tormento, sem contar o elevado custo disso tudo às empresas industriais.


O correto seria propor um trabalho de transferência de recursos dos "embutidos trabalhistas" diretamente na remuneração do trabalho dos industriários e dos comerciários, fazendo com que o poder de compra da base de consumo, aumente com a distribuição da renda pelo trabalho. Mas claro isso é um sonho distante, pois nem os empresários propões isso mais e nem os trabalhadores formais compreendem essa necessidade, acabam por entregam seu suor e remuneração do dia a dia aos encantos de direitos que apenas as estruturas governantes usufruem.


Muitos já apostam no capítulo final dessa operação com a aquisição ou controle da SHEIN sobre a Coteminas. Lamentável para o Brasil.





 
 
 

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